A primeira publicação de “Ariel”, da poeta norte-americana Sylvia Plath data de 1965. A intensa e singular artista, morta com apenas 30 anos em 1963, suiciou-se deixando viva essa que é considerada uma de suas melhores produções, ou, conseqüências de vida – dado aos contornos sem preenchimentos desejados de sua vida. Sylvia, meticulosa e sempre atenciosa com seu material, tratou-lhe com todo cuidado, o mesmo que emprestava suas sensações às palavras, no momento de deixar enumerados seus 40 poemas prontos para a publicação.
Porém, a primeira edição do livro foi orientada por Ted Hughes, ex-marido e personagem principal de vários daqueles poemas.O também poeta, retirou dessa versão treze poemas que considerou "pessoalmente agressivos".A nova publicação lançada 39 anos após a morte de Sylvia, corrige o erro histórico-literário causado pelo ressentido Hughes. Frieda, filha do casal, reconsituiu o desejo primário de sua mãe, e relaborou a obra conforme a vontade da poeta. Lá, ncontramos o livro enfim completo, restauradao e bilíngue, com os manuscritos originais para compensar a falta da poeta na primeira publicação. A tradução ficou por parte dos professores Rodrigo Garcia Lopes e Maria Cristina Lenz.
O teu fantasma, inseparável da minha sombra
Em ‘Birthday Letters’, obra de Hughes, estão 88 poemas escritos sobre a relação conflituosa dos dois. Sylvia sentiu como uma presa indefesa toda a dor e inquietação das traições. Em 1958 ainda em Boston, ela o encontrou com uma mulher. Um ano depois,voltaram para Inglaterra , mais precisamente para Devon. Em Julho de 1962, Sylvia soube do caso entre ele e Assia Wevil.Separaram-se.Nos tempos que se passaram lá, ela escreveu seus melhores textos, carregados do ódio e da dor que escorregavam da sua alma até a máquina de escrever.Numa manhã de 1963, Sylvia deixou os filhos a dormir.Tratou de isolar seus quartos.Em cima da mesa, deixou organizado e finalizado “Ariel”, a ficção poética quem lhe escarpara das veias e ainda nutria sangue.Colocou a cabeça dentro do forno, ligando somente o gás.Faleceu silenciosamente, com a mesma paz e elegância que teatralizava, escondendo por trás das cortinas de seus olhos uma mulher que de tanto sentir vivia demais.Ted Hughes morreu em 1998, vítima de um cancro, sempre acompanhado pela sombra de Sylvia em todos seus atos.
Sylvia nasceu em 1932 em Boston, Massachusetts, e com uma bolsa de estudos merecida, foi para Inglaterra continuar os estudos.Em terras inglesas, no dia 3 de Março de 1956, a jovem americana chegará em Cambrigde, conheceu numa festa mais tarde Ted Hughs, o homem e poeta ao qual ela concebeu de primeira o status de tão brilhante como ela.O casal logo que descobriram-se passaram momentos de euforia tanto íntima quanto poética.A relação foi mostrando-se tumultuosa entre os dois, ambos sensitivies,palavras em combustão.Casaram em junho do mesmo ano, com esse funcionando como um perfeito sonho em realidade, com o compartilhamento de mentes geniais e criativas sobre o mesmo teto e corpo.
A poeta não conseguia deixar para trás as marcas e ressacas das suas antigas depressões.Ao mudarem para Boston, ela começa a abalar-se com as memórias do pai (morto quando Sylvia tinha 8 anos) com o qual tinha uma relação anormal, o que, juntado com as constantes “escapadas” de Hughes que eram sabidas por todos, a poeta deixou-se amargar, sendo a poesia a única beneficiada disso.O inglês mesmo sendo laureado como Poeta, foi considerado culpado pelo sofrimento de Sylvia, com quem teve dois filhos.Seu desejo icontrolável pelo sexo oposto atraiu até feminista que o consideravam um “ogro”.As parceiras do poeta, não escondem a degradação emocional e sexual que sofreram.Em 1969, Avia Wevill tomou decisão semelhante a de Sylvia, optando pelo suicídio.
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