terça-feira, 7 de agosto de 2012

Livros nas farmácias e drogarias

Presença de livros nos hospitais públicos, farmácias e drogarias devidamente autorizados pelo Ministério da Saúde. É disso que trata o Projeto de Lei  4186, de 2012, de autoria do deputado federal Giovani Cherini em tramitação na Câmara Federal cuja justificativa segue. 
O uso da leitura com fim terapêutico vem da Idade Antiga. Registros mostram que, no antigo Egito, as bibliotecas eram vistas como locais de conhecimento e espiritualidade.
Os gregos também associavam os livros ao tratamento médico e espiritual, concebendo suas bibliotecas como “a medicina da alma”.
Em 1802, pesquisadores já recomendavam a leitura como terapia para doentes de um modo em geral e, em 1810, passou a recomendar como apoio à psicoterapia para crianças, adolescentes, adultos e idosos que estivessem com problemas referentes à depressão, conflitos internos, medos e fobias relacionados à doenças graves. A partir do século XX as práticas biblioterapêuticas começaram a disseminar-se, inicialmente nos EUA, a partir dos profissionais das bibliotecas hospitalares, começando a despertar o interesse e a curiosidade dos profissionais da área, posteriormente, alastrando-se por toda a Europa.
Durante muito tempo a biblioterapia foi utilizada em hospitais sob orientação de profissionais da área da saúde, passando a partir de 1904, a ser considerado também como um ramo da Biblioteconomia.
A aplicação da Biblioterapia em pacientes adultos internados em unidades hospitalares tem como pretensão proporcionar uma internação menos dolorosa e agressiva, humanizando o tratamento hospitalar.
São vários os projetos desenvolvidos envolvendo a prática terapêutica de biblioterapia no país e no mundo.
É amplo o aparato acadêmico internacional, afirmando a eficácia desta terapia no ambiente hospitalar, alcançando cura ou minimação dos sintomas de até 80%. Por esta razão vejo como uma necessidade premente a adoção desta terapia no Sistema Único de Saúde, fornecendo ao cidadão brasileiro práticas modernas para tratamento da depressão e humanização do ambiente hospitalar.

Texto de Roberto Rech,
Administrador Legislativo. Jornalista. Escritor.  



A Biblioterapia, cujo termo é derivado do grego “Biblion”, que designa todo tipo de material bibliográfico ou de leitura e Therapein, que significa tratamento.

Objetivos: Tem como objetivos ajudar na adaptação à vida hospitalar, aliviar tensões, aumentar a auto-estima, revigorar as forças, auxiliar na lida com sentimentos como a raiva e a frustração, possibilitar a compreensão emocional e intelectual, fazer rir, diminuir a ansiedade e o estresse, facilitar a socialização, manter a saúde física e espiritual, entre outras.

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